Sunday 28 February 2010

Who has time?!

Tempo. Ultimamente, esse tem sido o meu maior desafio profissional, na verdade, a falta dele; e é exatamente isso que tem me afligido diariamente.

Fui atingido de forma nocalteadora com essa sindrome do mundo moderno, onde a minha agenda parece mais um caderno infantil com tantos rabiscos de compromissos remarcados, cancelados e inesistentes que torna essa ferramenta imprescindível no meu dia a dia uma forma quase incontestável da minha ineficiência em gerir meu tempo.

Nessa jornada em busca de eficiência , a palavra PRODUTIVIDADE ganha peso. Viagem de avião, fila de banco, espera em consultório médico, translado no elevador, após a eucaristia, etc… Absolutamente tudo e qualquer lugar que gere uma pequena possibilidade de ociosidade (mesmo que não ocorra) vira uma agonia psicológica que requer uma resposta física para se combater esse “mal”. Isso, eu chamaria (mesmo correndo o sério risco de parafrasear algum autor – se isso acontecer, me desculpe) de Sindrome do Blackberry. Esse inocente e bonitinho aparelhinho é a materialização da frase: “A qualquer momento e lugar”.

Não só o Blackberry, como todo e qualquer gadget eletrônico vem à nós prometendo um reino de benefícios e principalmente mais tempo para a família, para nós e para a vida longe do trabalho (lembram daquelas fotos lindas e felizes ao ar livre com os cachorros e família parecendo propaganda de margarina?).

Fonte: <http://br.blackberry.com/>

Mas não é exatamente essa cartilha que segimos.

Parece que quanto mais ferramentas capazes de economizar tempo possuímos, menos tempo livre acabamos tendo. Isso porque, confundimos muito eficiência e produtividade, então para esclarecer vamos ao dicionário:

Eficiência: “(…) 2. Capacidade para produzir realmente um efeito. (…)”

Produtividade é a qualidade do Produtivo: “(…) 1. Que produz; fértil; abundante. (…)”.

Em suma, o primeiro significado é qualitativo enquanto o segundo é quantitativo.

Exemplificando: para executarmos uma série de tarefas obrigatórias ao longo do dia temos que fazer hora extras. Com a chegada de um novo equipamento ou a adoção de um novo procedimento podemos finalmente aumentar a nossa eficiência e concluír as tarefas dentro do prazo. Entretanto acreditamos que só seremos mais eficientes sendo também mais produtivos. Com isso, não só fazemos melhor como acabamos fazemos mais, por fim, continuamos fazendo hora extra, mas só que executando mais coisas.

Eu sou assim e aposto que você também!!!!! Assim não dá, assim não pode. Consequências (além da minha vida não ser um comercial de margarina) e táticas de combate à esse mal, quem sabe, num próximo blog?!

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Enquanto escrevia nesse blog:

1) Descobri um dicionário eletrônico muito bom! <http://www.priberam.pt/dlpo/>

2) Descobri o Google Livros: <http://books.google.com.br/books> que possui livros na íntegra para downloads.

3) Que o estado de Indiana (EUA) não fica tão perto de Nova York (EUA)

4) Ouvia blues: B.B. King, Eric Clapton & B.B. King e Black Strobe.