Sunday 20 March 2011

Tempus Fugit

Literalmente o tempo é um assunto que me fascina, não é a primeira vez que falo dele e provavelmente não será a última. Assim como tempo, outra coisa que costumo falar muito é através de metáforas e hoje, também, não será diferente.

Imaginem que a sua e a minha história seja um caderno e a cada dia escrevemos uma página, talvez metaforizar um diário seja melhor que um caderno (no fim é a mesma coisa – tentarei evitar outro hábito que é de "encher lingüiça"), enfim, voltando ao diário, cada pagina parece ter um momento único, sublime e inesquecível. Cito:

- Caramba, essa pagina 32 é inesquecível! Escrevi, mas preciso lembrar mais dela, vou colocar um marcador para nunca esquece-la.

O marcador a que refiro são lembranças físicas: fotos, souvenirs, "pra-que-serve", etc. Ao longo do tempo já podemos estar na pagina 120 ou mesmo na 344, mas lembramos da 32. O problema é que ao ser olhada, ela transformou-se em parte do todo daquele volume, não sendo mais uma pagina aberta, mas sim parte de um conglomerado pouco perceptivo individualmente, apenas mais um marcador em um livro cheio destes. É como se toda a estante de casa estisvesse cheia de fotografias e quinquilharias não conseguindo identificar mais o que é o que.

É isso que o tempo faz: ele achata nossas memórias fazendo com que momentos sublimes transformem-se em acontecimentos banais ocorridos láaa atrás. Tem que querer e fazer por onde para manter quente no coração um sentimento que entrou ali por acaso e de maneira natural, mas que se deixar, o tempo encarrega-se de abortá-lo de maneira espontânea.

Faz 04 anos e uns quebrados que não moro mais na beira da praia e nesse tempo, incontáveis “Se’s” foram ditos caso eu morasse no litoral. Agora eles podem deixar de ser condicionantes:

1) Se morasse na praia eu iria lá todo final de semana;
2) Se morasse perto do mar eu iria surfar, fazer kitesurf, wakeboard, etc…
3) Se morasse no litoral iria comer muito frutos do mar....
4) Se voltasse a morar perto do mar eu não iria perder esse olhar maravilhado toda vez que o visse.

E é com esse último SE que encerro esse blog: que esse linharense-guarapariense-capixaba-londrino-belo horizontino-goiano nunca deixe de olhar o mar com os olhos de mineiro!

Haja farofa e que venha Floripa!

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