Sunday 14 June 2009

Eu amo minha máquina de lavar – Ciclo 02 “De molho”

Em 2006, dando aula de desenvolvimento sustentável na UFES (época do Amado Mestre) uma das bibliografias que mais utilizei foi Haverá a Idade das Coisas Leves: Design e Desenvolvimento Sustentável (Thierry Kazazian – Senac, 2005), nele o autor defende diversas idéias interessantíssimas buscando um mundo mais sustentável. De todas as existentes, há uma que particulamente, na época, me intrigou e embora eu retransmitia em sala de aula era difícil conceber como prática e principalmente quando confrontada com as idéias defendidas no blog anterior.

O conceito era exatamente: Ame mais seus objetos!. De acordo com a teoria (mais precisamente, através da minha interpretação na época), caso isso fosse levada em prática e realmente acontecesse um apego sentimental pelo maior número de objetos possíveis, fatalmente cuidaríamos melhor deles e pensaríamos uma, duas ou mais vezes antes de descartá-los, reduzindo consequentemente a quantidade de lixo produzida e o consumismo desvairado.

Olhando de forma pura para essa idéia, até que ela possui fundamento, mas o objetivo tanto do livro quanto da aula era discutir as teorias procurando viabilidade de implantá-las na sociedade vigente e convenhamos dar beijinho na minha impressora daqui do lado não é muito tentador não... mesmo que eu seja a pessoa mais engajada do mundo.

Outro ponto e que põe em risco essa teoria, principalmente nesse conjunto de textos, é exatamente a dualidade que defender o apego aos objetos nesse blog fatalmente terá com as idéias defendidas no ciclo 1 que critica exatamente a importância que damos aos objetos em detrimento às relações humanas.

Uma única afirmação consegue sintetizar o que desejo dizer: Uma vez que nos predispomos a ter uma relação com nossos objetos fatalemente sentimos necessidade de adquirí-los.

Não é verdade?!

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Pode até ser, mas entre o preto e branco há uma infinita escala de cinza e o ponto de conciliação entre esses dois extremos pode estar descrito no ciclo 3… wait for it

Thursday 30 April 2009

- Eu amo minha máquina de lavar! Ciclo 01

“Valorise mais os objetos do seu dia a dia."

Essa frase danada já me persegue há bastante tempo. Posso dizer que a discussão em torno dela teve vários lados, o qual eu fui ferrenho defensor (em alguns deles ainda sou militante).

São 3 ciclos de pensamento.

A história remota e inicia dos tempos de Raiz Design e aulas de sociologia na faculdade. Tempos de inquietação, tempos apaixonantes. A frase em questão não era necessariamente essa, mas o substantivo era o mesmo – o objeto. As discussões partiam de uma fagulha do pensamento (crítica) de Marx sobre a sociedade capitalista e seu culto ao objeto.

Sinteticamente, discutíamos a forma como a sociedade colocou os objetos como norteadores das relações humanas. Exemplos disso têm aos muitos: Os pré conceitos que fazemos das pessoas ao usarem certo tipo de roupa: são marginais, patricinhas, playboys, caretas, cafonas. Basta ver e dar o perfil e história da pessoa por completo.

- Me diga o que tens que eu direi quem tu és!

Esssa frase transmite toda a insensatez da nossa sociedade, o chamado consumismo. É impressionante e inacreditável como isso está impregnado em nós. A busca da felicidade acontece hoje nos shopping centers. Acontece comigo e acontece com você, não tem como negar, nem como fugir. A ânsia de comprar e a felicidade de ter a posse, a sacola colorida em mãos gera um prazer imenso, mas é um prazer curto como um orgasmo, pouco tempo depois o vazio volta e mais uma vez pegamos a nossa lista de coisas que faltam ter em casa e partimos novamente ao shopping atrás daquele maravilhos cortador de cabelos do nariz que não sabemos como ficamos 20 e tantos anos vivendo sem ele.

Essa pandemia é cultural e é cultivada desde a infância. A escola é o inferno ou o paraíso para isso. Ter algo para mostrar e fazer inveja nos amigos da escola é carregado para a vida adulta e nem é preciso citar exemplos.

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Estava lendo na revista VIDA SIMPLES (edição de maio de 2009) um depoimento interessante do professor de design da ESPM, Rique Nietzsche, sobre um trabalho que um grupo de fotógrafos havia feito ao redor do mundo. Nesse trabalho foi pedido à famílias de vários países que expusessem em frente às suas casas os objetos que achavam essenciais para viver. Resultado: uma familia de Los Angeles expôs 4.000 objetos, enquanto uma família de um país da África (não informado) expôs apenas 30.

Cabe lembrar que não se trata de poder aquisitivo, a proposta do trabalho foi clara: objetos essenciais para a vida. Ambas as famílias estão vivendo, é claro que – provavelmente - uma melhor que a outra, mas não necessariamente por conta daqueles 3.970 objetos à mais que a família americana possui.

Um ar-condicionado gera conforto? Claro que sim! Mas um ventilador atende perfeitamente em alguns lugares. Em BH, nem ventilador eu tinha, imagina ar condicionado.

Ao ir lendo essa reportagem fui imaginando os objetos que estavam na minha lista de próximas aquisições e fiquei espantado. Constatei que 75% dos objetos listados eu simplismente não preciso e olha que já estava na iminência de comprá-los.

Vup! cortei o mal pela raiz. Saíram da minha lista na mesma hora!

Vou terminando o primeiro ciclo de pensamento do blog – Eu amo minha máquina de lavar – com uma reflexão: Precisamos de tudo que temos e desejamos? Melhor… estamos dispostos a abrir mão desses desejos (não absolutamente, mas parcialmente)?

Mais inquietações no próximo blog!

Monday 30 March 2009

Eu vos pronuncio...

Rafa com 1 aninho Dos filhos de Paulo e Eliza a mais velha acabou de casar. Quem imaginaria que aquela loirinha, atrevida e cheia de determinação de ontem seria hoje uma bela mulher, estudiosa e ainda por cima casada?!

Não que isso não fosse previsível, mas só uma leve constatação de como o tempo passa muito rápido. Nem foi ontem que a pequena Rafa se martirizava com a presença da gigante boneca da Xuxa, dizendo que o tal brinquedo estava possuído e iria fazer alguma maldade com ela durante a noite (aquelas lendas urbanas que vagavam pelo imaginário da criançada na década de 80 – o boneco do Fofão que também o diga); até papai se desfazer da “Rainha dos Baixinhos” o quarto foi inabitado. A boneca foi embora mas nós (eu e ela) raras as vezes dormiamos em nossos quartos… era tradição todos reunidos no mesmo quarto… aquele gigante lá no nosso apartamento de Linhares.

Mais adiante, morando agora em Guarapari e já adolescente, recordo-me de nossas brigas. Acredito que até os meus 23 anos, o relacionamento com ela se resumiu muito à isso: brigas e chingamentos, nada muito sutil e sempre muito bruto. Acredito que aí que descobri o real sentido da palavra família: pois não importava o tamanho ou a gravidade da briga, na manhã seguinte estava tudo perdoado e pronto para novamente tentarmos uma boa relação, mas como eu disse, tive que esperar até os 20 e poucos para que isso acontecesse, até lá… a conclusão da história era outra brigas e mais brigas.

Muitos falam que as pessoas mudam de quando pequenos para adultos, pode até ser verdade, mas uma coisa que a Rafa nunca mudou foi o fato de ser estudiosa e não é pouco não… Pensando bem… ela mudou… hoje ela estuda muito mais!

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Esses fragmentos de memória são de uma época onde ela caminhava sozinha, mas tudo começou a mudar numa manhã de sábado qualquer. Estavamos em família em Piúma passando o final de semana e a história que circulava na família era: A Rafaela está trazendo seu novo namorado!

Apresentar um namorado ou namorada é um momento ímpar, principalmente para a família que acaba gerando muita expectativa, principalmente na dos Gava que é muito unida e tagarela.

Juntos em 2003 Já na praia, lá vem ela juntamente com um sujeito segurando um saco de supermecado. Ninguém vislumbrava que aquele cara que trazia aquele pedaço de picanha se casaria com minha irmã sob as bençãos de toda a família Schwanz e Gava, tornado-se para mim um irmão.

No dia em que o Alexandre demostrou oficialmente, aos meus pais, a intenção de um dia pedir a mão da Rafaela em casamento, ao invés de festas e vivas, os dois ouviram um sermão de mais ou menos 30 minutos. Foi desistimulador:

"- Não vão achando que casamento são tudo flores" - dizia um;

"- O pior ano dos nossos 30 anos de casamento foi o primeiro" -dizia outro.

Daí eu pensei: Putz... Fu#%$ tudo! Eles vão desistir desse troço.

Pois bem, eis eles aqui. Resistiram ao sermão, assim como à tantas outras adversidades e por conta disso não tenho a menor dúvida que superarão JUNTOS todos os desafios que a vida a dois lhes irá proporcionar daqui para a frente!

Mas lembrem-se que vocês não estão sozinhos! Aquele tanto de gente que foram no casamento de vocês, não estavam somente de boa diversão e ótimos comes e bebes, eles nada mais são do que pessoas desejosas que essa união dê certo!

É o nosso compromisso com vocês! E o de vocês com a gente é de serem felizes, muito felizes!

O começo de uma família.

Sunday 8 March 2009

A perda da inocência...

Hoje assisti o filme O Leitor, ótima película que deu, merecidamente, o Oscar à Kate Winslet.

O Leitor

Logo no início do filme, quando o jovem mancebo de 15 anitos se envolve profundamente com a personagem Hana (Kate Winslet) pensei... "O coitado vai ficar marcado e ferido para o resto da vida! Pois ele tá se envolvendo de cabeça". Não deu outra, estava 100% certo, aquele romance de verão amaldiçoou o rapaz para o resto da vida.

- Que cara inocente! Disse veemente. Vai ter muito o que apreender!

Nem sabia que ia chegar a dizer isso, mas os anos me deixaram mais safo, mais esperto, menos ingênuo, mais preparado para a vida e as porradas que ela proporciona.

Me tornei um cara, de certa forma, mais corajoso, aqueles que aceita desafios e sai de sua cidade natal em busca de sonhos maiores. Parece filme, não parece?!

Voltando ao filme e pensando bem no que disse... o coitado da história não é ele sou eu e como tenho inveja do personagem do moleque.

Aquelas supostas qualidades que a PERDA DA INOCÊNCIA trás não seriam, nada mais, nada menos do que a construção do cinismo e da hipocrisia na pessoa? Ao mesmo tempo que ela deixa de ser menos humana e sonhadora, tornando-se materialista e realista? Medo, enclausuramento dos sentimentos profundos, relacionamentos superficiais, mentiras (principalmente para si mesmo) tomam conta da pessoa, num suposto amadurecimento, mas na verdade nada se passa do que o engolir sapo!

O filme retrata bem isso, mesmo após décadas, com carreira bem sucedida, inúmeros relacionamentos no curriculo, casamento e filhos; o personagem do rapaz, agora vivido por Ralph Fiennes tem demolido, todo o suposto, amadurecimento que criou ao londo dos anos quando depara-se com sua antiga paixão... e ele chora, como um bebê...

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Pouco acima disse de aceitar desafios, mudar de cidade em busca dos sonhos... parecendo uma história filme...

Pois bem... o bom dessas histórias é a redenção.

Geralmente o(a) personagem vive desde criança sonhando em alcançar a glória, o sucesso e a felicidade (e quem não sonha!?). Pela própria limitação que a infância impõe, o sonho só fica no imaginário ganhando força e amadurencendo. Quando chega a adolescencia, fase esta, que a oxiurus toma conta do sujeito, a pessoa acha que já está apta a bater asas atrás dos seus sonhos. Sem pensar muito ela pega e vai, vai de ônibus, carona, a pé, o meio de tranporte depende do tamanho do sonho (quanto maior ele, mais bizarro é o meio de transporte).

Daí ele chega no tão esperado destino. Tudo novo, tudo grande, mas tudo real! Dai o enredo do filme, a princípio, dá um soprinho de felicidade e realização ao persongem pra logo em seguida socar dezenas de chicotadas no sujeito, proporcionando-o a perda da inocência.

A dança no teatro paga mal e dá calos intermináveis nos pés, o emprego naquele restaurante chiquérrimo paga mal e dá cãimbras nas pernas ao final do dia (de tão em pé que o cara fica) e o emprego de secretária no escritório, pode até não pagar mal, mas pega muito mal, pois o chefe dá em cima diariamente - e o cara é horrível!

Aos trancos e barrancos a pessoa vai conseguindo crescer, mas uma coisa é clara: aquele roteiro de antes só existe mesmo na cabeça.

Lá pelo final do filme vem a redenção. A pessoa volta para a terra natal... é uma volta em busca do que foi deixado para trás e um tipo de sessão de exorcismo para tirar tudo de ruim que pode ter ficado ao longo do tempo. É a redescoberta e o retorno da inocência!

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O Leitor, como um filme, tem isso. Mas não é dito dessa forma tão piegas. Como falei antes... ele é um otimo filme!`

Quanto à mim, bimestralmente vou à Vitória. Espero que com isso consiga resgatar um pouco da inocência perdida!

Sunday 8 February 2009

Melhores do ano - 2008

Janeirão, tudo era novidade, tudo era frio na barriga. Novo ano, nova cidade (BH), bye bye London, bye bye Vitória, sozinho de novo? Not even close! Estava hospedado no 32o número da rua Professor Morais, o AP era do meu primo, mas ele estava na praia curtindo, enquanto eu estava ali com um baita desafio pela frente, e te digo porquê...

Esta pessoa que vos fala é formada em Design Gráfico, mas para ficar bonito na fita: formado em Desenho Industrial com ênfase (total) em Comunicação Visual e MBA em Marketing. Aceito o desafio de ingressar na área comercial. Mais do que um emprego novo era uma nova carreira, completa de desafios e incertezas. A única bagagem: a interdiciplinaridade do design e a paixão pelo marketing.

Dai o ano começa e vai seguindo: contratação na Esso, em dezembro; mudança para BH, em janeiro; temporada no interior de São Paulo, de março à maio, volta à BH. Festas, pessoas novas, viagens (muitas), reencontro com antigos amigos, verdadeiras amizades e risadas (muitas mesmo).

Neste ano que passou, senti como nunca o peso do tempo, de como ele está passando. Minha irmã noivou e agora vai casar, meu amigos estão com filhos (e os pestinhas já falando pelos cotovelos) e os planos e sonhos, uma vez muitos distantes, hoje são uma doce e querida realidade.

Mais um ano se foi, e assim como 2007 volto a dizer: que ano! Nada igual, tudo diferente, completamente novo. Em 2008, não sonhei, vivi! Com certeza essa é a frase do ano!

Poderia descrever inúmeras linhas sobre esse ano, mas vou me deter nos melhores, pois é sempre bom recordar o que tivemos de bom...

- Filme: O Cavaleiro das Trevas

Dark Knight

Se for para descrever este filme, eu diria como perturbador e tenso. Recordo claramente a sensação provocada pela película durante e depois da exibição, algo que não vivenciava no cinema há tempos. A narrativa empregada pelo diretor Cristopher Nolan transforma a sequência de Batman Begins em um filme denso, complexo e acima de tudo excelente! Melhor do que seu antecessor e anos luz superior à quadrilogia (iniciada muito bem por Tim Burton e destruída por Joel Schumacher) o filme é digno de ter na DVDoteca de qualquer pessoa.

Com certeza o ponto alto do filme é a performance do ator Hether Ledger que fez um papel magnífico com a figura do Coringa e digna não de oscar, mas como uma das melhores retratações deste personagem já criadas (incluíndo as dos gibis).

Outro ponto forte é a construção do filme. A história não se resume à um capítulo, onde os personagens surgem do nada e no final deles elas somem sem deixar vestígios. O que aconteceu em Batman Begins têm muitas influências no Cavaleiro das Trevas e este leva para as futuras continuações, muitas incertezas. Exemplo é a nova aparição do Espantalho (mesmo que curta), a aparição dos copycats, a evolução da relação da cidade de Gothan City com a figura do herói, traduzida no medo que o personagem espalha e sua humanidade (não podendo aparecer em todo e qualquer crime). Outro fator primordial foi a não morte do personagem Coringa (o que ocorreu no Batman de Tim Burton e com todos os vilões da primeira série), possibilitando novos desmembramentos entres o vilão e o herói, contudo, ironicamente o ator que foi a alma do personagem morreu em janeiro de 2008. Oh vida cruel!

Vale destacar ainda a construção do personagem do Duas Caras que fez justiça à este vilão. Anteriormente ele foi ridicularizado pelo personagem caricatural de Tommy Lee Jones em Batman Eternamente, de 1995 (nada contra o excelente ator). Um vilão complexo vivendo no limiar entre o bem e o mal, corrompido pelo crime e corrupção que ele ferrenhamente combatia. Suas deformações refletem exatamente seus conflitos.

No final, uma inversão do final do Begins, Batman o anti-herói, fugindo da polícia e provavelmente odiado pela população. Por conta disso tudo é que esse é sem dúvida o meu filme de 2008. Quem não viu, VEJA!

- CD: B.B. King – One Kind Favor

BBKing - One Kind Favor

Uma grata surpresa o ano que passou me apresentou. O Rei do Blues voltou! Achei que o disco da turnê de 2006 fosse o seu último, o show que fui no Rio dava conta disso, uma vez que ele estava com 81 anos e fazendo uma turnê que se chamava "The Last Tour", passava uma mensagem triste, mas direta.

Adorei estar enganado. One Kind Favor é uma obra digna da carreira desse, que para mim, é o melhor! Arranjos primorosos, uma gravação perfeita e além (é claro) do som da Lucile e da voz magnífica de BB King.

"See that my grave is kept clean" e "World gone wrong" são ótimas faixas, mas "Sitting on the top of the world" ainda tem o seu lugar de respeito com esta versão e a coloco como a melhor!

Pode ser algo para agradar fãs, pois não sei como os não-fãs veem esse disco, mas acredito que ele não tem maiores pretenções a não ser agradar aqueles que adoram B.B. King e principalmente aqueles amam uma boa música. Tentem ouvi-lo tomando um bom vinho e beliscando um bom queijo - FILÉ!!!!!

- Música: Summer Moon - Africanizer

Essa música é contagiante, me faz correr que nem um louco. Toda semana ouço ela umas 5 vezes e é impossível de enjoar! Muitos não concordarão nem que ela é boa, mas digo a vocês, também achava isso nas primeiras vezes que eu a ouvi, mas sem sombra de dúvida é a melhor, principalmente precedendo as baladas. Se estar em BH foi phoda, e muito se deve à essa música que animou as saídas mais desanimadas e promoveu os esquentas mais avassaladores!!! ehehe - Summer Moon neles!


- Festa: Carnaval 2008

Carnaval 055

Devo confesar que esta escolha foi difícil, mas o carnaval ganhou pela quantidade. Enquanto as outras candidatas possuíam apenas 1 dia de farra, essa daqui durou 4 dias. A matemática não mente e por conta disso não tive outra opção.

Entretanto também levam mérito pela obra: Primeira ida ao The Lord Pub em BH (com Ricardo e Zé Ribeiro), Casamento da Ludimila, Formatura da Fê em Viçosa e a Festa no PIC.

Para a descrição completa, basta descer a barra de rolagem até encontrarem o blog. A descrição está fiel! Local: Iriri (ES) | Data: Fevereiro 2008 | Cúmplices: Cão, Victor, Bisonha, Xupenga, Elaine, Má e Nathalia.

- Cidade: Belo Horizonte

BH 

De tudo que BH é ou pode vir a ser eu a consideraria uma surpresa a cada esquina, ou melhor, a cada morro, pois vai ter elevações lá longe. Até meu golzinho sucumbiu às ingrimes subidas da capital mineira, pedindo arrego em um dia de chuva (mas se saiu com estilo, não é Jorgete?!).

Povo hospitaleiro, simpático e desconfiado. É preciso ganhar sua confiança primeiro para depois entrar em sua casa. Mas desde o primeiro dia eu me senti em casa, amei a cidade desde o princípio. E acreditem, é uma cidade super segura!

Café, torresmo, pinga e cerveja. Pode ser o que for, mas tem que ter um desses 4 itens na mesa de qualquer mineiro. E é por aí que eu começo a falar da cidade. Todo ano, entre maio a julho, acontece o Comida de Buteco, evento que disceminou para todo o país. Nada mais é que a reunião de 40 butecos em uma disputa onde os clientes votam o prato mais criativo, saboroso, a cerveja mais gelada, o melhor atendimento e o torresmo mais gostoso. Sem exagero, a cidade ferve! Há peregrinação para correr os bares participantes, eles viram points, não importa se é o maior "copo sujo" como o BAR DO CAIXOTE, que por sinal vale a visita (tem até briga de casais, e contos de assassinato). A cada bar visitado o cliente ganha um adesivo do referido para completar uma cartela. Uma vez preenchida, pode-se trocar por brindes bem bacanas na festa de encerramento do festival. Nessa daí o bixo pega! Não pude ir, mas só ouvi coisa boa!

Por falar em períodos interessantes para estar em BH, o início do ano é um deles, especialmente de janeiro à março, durante esse período acontece a Campanha de Conscientização do Teatro onde há dezenas de peças acontecendo simultâneamente a preços populares (R$8). Faz muito sucesso entre o pessoal de Beaghá.

Já de maio à agosto começam as festas juninas nas cidades ao redor da capital. A galera se junta e há excursões na busca dos sons sertanejos. Pedro Leopoldo que o dia!

Outro programa imperdível é a ida ao Mercado Municipal, principalmente nas tardes de sábado. Vá para almoçar! Depois emende naqueles botecos hiper apertados onde os vendedores vendem cerveja tipo leilão e fique lá a tarde inteira. A conversa flui fácil, assim como a cerva. Vc sai dali feliz da vida, ligando para todo mundo da sua agenda do celular dizendo que ama todo mundo!

Para os novatos na cidade, é interessante o roteiro básico: Pampulha (Igreja São Francisco de Assis e complexo do Mineirão), "Feirinha" Hyppie na Av. Afonso Pena nos domingos de manhã, Bairro do Barro Preto para compras e a Rua do Amendoim.

Mas BH é muito mais. Na região metropolitana vale conferir o Topo do Mundo (um restaurante no alto de uma colina na Serra da Moeda) e é claro, o Inhotim (um centro cultural que fica na cidade de Brumadinho), lá é muito bom! Coisa de Europa, vale muito conferir e diria mais, ir na capital mineira e não ir no Inhotim é um crime. Ampla área aroborizada (com projeto de Burle Marx), cercada de lagos e prédios abrigando arte contemporânea.

Cansou de roteiros light? Chegou a hora de se divertir. Quer fazer uma semana frenética? Aqui vai... Domingo: Sertanejo no Chalezinho; Segunda: Rock, dance e muito homem no Major Lock; Terça, às 19 horas sem falta no Observatório; Quarta, pagode no Bar do Doca; Quinta, no sertanejo do Alambique; Sexta no soul music do Demodè; Sábado o rock do Lord e domingo descanso porque ninguém é de ferro.

Se você e eu achamos que Belo Horizonte se resume a isso, estamos muito enganados, a capital de Minas é isso e muito mais.

Melhores de BH:

- Café: SantaSophia

- Choop: Albanos e Maria de Lourdes

- Japonês: O japonês em frente do Santasophia.

- Não tem erro de diversão: The Lord Pub

- Pizza: 68 Pizzeria


- Momento: Skydiving

Abril 2008 - Skydiving 061

Tic, tac.... 31 de dezembro, poucos segundos antes da virada de ano novo é unanimidade, todo mundo faz uma listinha com as resoluções de ano novo: "Academia 3 vezes por semana", "perder 4 quilos", "fazer caridade", "ler mais" e por aí vai... muitas delas entram na lista do próximo ano, pois acabam se perdendo ao longo dos meses e nem nos percebemos quando isto aconteceu, será? Hehehe (Carnaval, sem beber?, Páscoa sem chocolate? as segundas feiras sendo do dia de maior geração de preguiça?)

Sem sombra de dúvida: pular de paraquedas também ronda inúmeras dessa lista, e pode ter certeza que rondou a minha algumas vezes até que este ano eu finalmente consegui riscá-la.

Pois bem, Pulei! Quer dizer Saltei!

Ohhh.. vou ser repetitivo e sem nada a acrescentar daqueles outros que já passaram por esta sensação: É indescritível!!! É fenomenal! E imperdível!!!!!!!

Era um sábado de abril, em Campinas, estava na casa da Fabi. Fomos dormir um tanto tarde, às 3 horas da manhã, tinha tomado umas cervejinhas e sabia que apesar do plano de acordar cedo para ir saltar, eu estava bem disposto a trocar o vento na cara por mais três horas com a cara no travesseiro. Entretanto, surto, e as 7 e meia estou de pé, meio drogue pelo sono, mas disposto a riscar do "TO DO LIST" aquele sonho.

Eu, Fabi e Flavinha pegamos o carro e fomos, destino: Aeroporto de Campinas. Levamos mais ou menos uns 30 minutos para achar a empresa Azul do Vento, mas quando a encontramos um susto: fechada!

Liguei para eles e a atendente falou que naquele dia eles tinham ido para uma "cidade vizinha" realizar os saltos. Perguntei primeiro se conseguiria pular se chegasse lá, ela disse "SIM", pedi garantia para aquilo e ela disse "Pode vir que é certo!". Ok...

- Então como faço para chegar ai?

Ela respondeu: - É pertinho e fácil! Pega a rodovia Stos Dumont e vai até encontrar a Rodovia Castelo Branco, entre nessa e siga até a cidade de Boituva!

A mulher só podia ser mineira, pois o pertinho dela foi mais de 100 km. É longe pacarai e cheio de pedágios, mas hoje digo, faria tudo de novo... o que é feito assim, no susto, é bem melhor!

Lá a "agradável" surpresa, um avião tinha quebrado e não era garantido o meu salto. Pensa num cara virando homem! Foi ali... E pelo jeito deu certo: "Calma, nós vamos encaixar você em algum voo! Vou até te passar as instruções..." Ai já tava estressado e muito nervoso.... precisando relaxar.... dai comprei uma cervejinha e voltei para receber as devidas instruções.

- Bem, primeiro, para pular não pode ter problemas cardíacos ou de hipertensão; tem que ser de maior; assinar um termo de (ir)responsabilidade e não pode tomar bebida alcoólica, mas..... O QUE VOCÊ TA FAZENDO COM ESSA LATINHA NA MÃO?! Interrompeu incrédula a mulher.

- Que!? Isso? To segurando para a Fabi, toma Fabi... Disse entregando rapidamente a latinha para a Fabi ao mesmo tempo que limpava a boca, pois tinha engasgado um pouco com o esporro da mulher... heheheheh

Instruções dadas, liberação de quaisquer responsabilidades assinada e roupa vestida, chegou a hora H. Sobe na carroceria de um trator e vai seguindo para o avião. Dentro da aeronave parecíamos uma latinha de sardinha de tão apertado. 12 mil pés é a altitude, isso em metros equivale à MUITO ALTO! Abre-se as portas, primeiro pula, segundo pula, engatinhando, na frente o vazio, e em seguida..............................

AAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!! AHHHHHHAHAHHAHAHAAAAAAAHHHH!!!!!!!MUITOFODAISSOAQUI!! AHHHHHHHHHHHHAAAAAAANIMALLLLLAAAHHHHHHHHH!!!!! (regado à baba)

Uns 15 segundos disso e depois POW!!! Parei no ar! O zumbido cessou, maravilha! Hora de aproveitar a vista, de guiar o paraquedas e conscientizar que aqueles R$300 tinham valido muito a pena! É rápido, é intenso e é para a vida toda!

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Até o próximo, blog