Monday 30 March 2009

Eu vos pronuncio...

Rafa com 1 aninho Dos filhos de Paulo e Eliza a mais velha acabou de casar. Quem imaginaria que aquela loirinha, atrevida e cheia de determinação de ontem seria hoje uma bela mulher, estudiosa e ainda por cima casada?!

Não que isso não fosse previsível, mas só uma leve constatação de como o tempo passa muito rápido. Nem foi ontem que a pequena Rafa se martirizava com a presença da gigante boneca da Xuxa, dizendo que o tal brinquedo estava possuído e iria fazer alguma maldade com ela durante a noite (aquelas lendas urbanas que vagavam pelo imaginário da criançada na década de 80 – o boneco do Fofão que também o diga); até papai se desfazer da “Rainha dos Baixinhos” o quarto foi inabitado. A boneca foi embora mas nós (eu e ela) raras as vezes dormiamos em nossos quartos… era tradição todos reunidos no mesmo quarto… aquele gigante lá no nosso apartamento de Linhares.

Mais adiante, morando agora em Guarapari e já adolescente, recordo-me de nossas brigas. Acredito que até os meus 23 anos, o relacionamento com ela se resumiu muito à isso: brigas e chingamentos, nada muito sutil e sempre muito bruto. Acredito que aí que descobri o real sentido da palavra família: pois não importava o tamanho ou a gravidade da briga, na manhã seguinte estava tudo perdoado e pronto para novamente tentarmos uma boa relação, mas como eu disse, tive que esperar até os 20 e poucos para que isso acontecesse, até lá… a conclusão da história era outra brigas e mais brigas.

Muitos falam que as pessoas mudam de quando pequenos para adultos, pode até ser verdade, mas uma coisa que a Rafa nunca mudou foi o fato de ser estudiosa e não é pouco não… Pensando bem… ela mudou… hoje ela estuda muito mais!

…………..

Esses fragmentos de memória são de uma época onde ela caminhava sozinha, mas tudo começou a mudar numa manhã de sábado qualquer. Estavamos em família em Piúma passando o final de semana e a história que circulava na família era: A Rafaela está trazendo seu novo namorado!

Apresentar um namorado ou namorada é um momento ímpar, principalmente para a família que acaba gerando muita expectativa, principalmente na dos Gava que é muito unida e tagarela.

Juntos em 2003 Já na praia, lá vem ela juntamente com um sujeito segurando um saco de supermecado. Ninguém vislumbrava que aquele cara que trazia aquele pedaço de picanha se casaria com minha irmã sob as bençãos de toda a família Schwanz e Gava, tornado-se para mim um irmão.

No dia em que o Alexandre demostrou oficialmente, aos meus pais, a intenção de um dia pedir a mão da Rafaela em casamento, ao invés de festas e vivas, os dois ouviram um sermão de mais ou menos 30 minutos. Foi desistimulador:

"- Não vão achando que casamento são tudo flores" - dizia um;

"- O pior ano dos nossos 30 anos de casamento foi o primeiro" -dizia outro.

Daí eu pensei: Putz... Fu#%$ tudo! Eles vão desistir desse troço.

Pois bem, eis eles aqui. Resistiram ao sermão, assim como à tantas outras adversidades e por conta disso não tenho a menor dúvida que superarão JUNTOS todos os desafios que a vida a dois lhes irá proporcionar daqui para a frente!

Mas lembrem-se que vocês não estão sozinhos! Aquele tanto de gente que foram no casamento de vocês, não estavam somente de boa diversão e ótimos comes e bebes, eles nada mais são do que pessoas desejosas que essa união dê certo!

É o nosso compromisso com vocês! E o de vocês com a gente é de serem felizes, muito felizes!

O começo de uma família.

1 comment:

Anonymous said...

Conhecendo seus pais, não pude me conter de rir com esse seu post... imagino como foi o tal sermão...e a cada dos dois.

Muito divertido.

Do Amigo Jaime Benemond