Sunday 10 November 2013

Brincadeiras de criança: Manual de futebol alternativo #1

Já me falaram que ideias e lembranças você tem que anotar imediatamente senão você logo esquece, dai o caro leitor já sabe o motivo deste blog, o primeiro em meses. Não só isso, ele também serve de registro para as novas gerações de crianças e adolescentes que desejam ter experiências que vão além do brincar sozinhos e/ou na frente da TV. 

Na minha época, brincar sozinho começou a ser rotina pra lá dos 10 anos, nesse período, meu pai participava bastante das brincadeiras quando podia. No sentido de ser democrática e fisicamente possível para os mais velhos, a brincadeira (nessa idade a atividade basicamente era futebol) devia ser comedida, sem muita correria e em um área pequena. Não lembro o nome ao certo, mas é bem provável que chamava-se Golzinho.

Para a prática da brincadeira precisa-se:

04 pessoas (no mínimo);
01 bola (óbvio);
01 trave de tamanho médio/grande (a maioria das vezes que brinquei nunca houve uma real trave, mas sim demarcações com chinelo, paus, pedras ou o que fosse útil para representar o gol).
Demarcação de marca de pênalti (não há uma distância pré-definida, usa-se o bom senso);
Demarcação de área (não há um tamanho pré-definido, usa-se o bom senso);

Como jogar:

Divide-se as pessoas em duplas;
A essência do jogo é a disputa de pênaltis;
O jogo é disputado em 12 rodadas, sendo 06 para cada dupla; 
Cada jogador cobra 03 penalidades;
Durante a cobrança o jogador que não estiver cobrando o pênalti deve se posicionar atrás do gol, ou ao lado da trave para fins de pegar o rebote, se houver;
Enquanto uma dupla cobra, a outra defende (sendo os dois jogadores atuando como goleiros simultaneamente). Isso mesmo, há dois goleiros.
Havendo defesa (espalmada) ou bola na trave (não indo para fora) há rebote;
Gol feito através de cobrança de pênalti vale 01 ponto;
Gol feito durante o rebote vale 02 pontos;
Ganha a dupla que ao final das 12 rodadas ter a maior quantidade de pontos;

A regra é clara:

Há linha de fundo. Dessa forma, há escanteio. Tiro de meta, encerra-se a rodada em questão.
A divisão de cobranças fica a critério dos participantes, mas recomenda-se a cada 3 cobranças, alternar a equipe; 
Pênalti espalmado dá rebote. Bola retida nas mãos do goleiro de forma segura encerra-se a rodada, desde que ela seja devolvida com os pés. Bola devolvida com as mãos (independente do tempo que estiver nas mãos do goleiro) poderá dar rebote;
Durante o rebote, um dos goleiros torna-se jogador de linha objetivando recuperar a bola e devolver para o goleiro agarrar e por fim à rodada. Esse jogador deverá permanecer como jogador de linha até o final da rodada, não podendo mais pegar a bola com as mãos.
Durante o rebote, a equipe atacante só poderá fazer o gol dentro da área. Gol feito de fora da área encerrará a rodada.
Havendo chute fora da área e ocorrendo desvio dentro da área (ex.: toque de outro jogador, bater na trave e espalme do goleiro) ocasionando o gol, este se torna válido;



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Só de descrever aqui veio a lembrança de como é divertido esse jogo e, pela primeira vez, espero que esse blog seja lido e que as crianças/adolescentes tenham o prazer semelhante que tive ao brincar desse jogo.

Bom divertimento!