Monday 31 October 2011

California 1

Acho que esta na lista de um monte de amante de viagem fazer  de carro a costa dourada da Califórnia, preferencialmente à bordo de um conversível, com duas loiras de biquini à tira colo e uma prancha de surf no lombo. Bem, a minha não foi bem assim, mas digo que foi tão boa quanto, o carro era um Ford Crown Victoria (digamos que um Landau moderno, mas banheirão tanto quanto), de carona meus eternos companheiros de viagem: meus pais e quanto ao surf, bem, esse fica pra Praia da Joaquina nesse verão - é promessa!

Ford Crown Victoria
Regrinhas básicas para uma viagem de carro bem sucedida: 1) Compre um mapa da região por onde andará e 2) não confie no GPS para se conhecer as melhores paisagens, ele é traiçeiro e só vai te levar pelo caminho mais fácil, mais rápido e mais feio.
Com esse espírito, Dorothy (a voz feminina dessa vez por traz do GPS), só nos ajudou a passar com tranquilidade pelo conturbardo transito de LA numa segunda feira de manhã até o pier de Santa Monica que é conhecido por ser o fim da famosa Rota 66,  mas para nós foi o começo da nossa aventura pela California 1 até São Francisco.

California 1
Com aproximadamente 420 milhas é uma das estradas que se escutava ser uma das mais bonitas do mundo, por isso, pressa não poderia existir no cronograma. Daí a regra #3) road trip não tem que ter pressa. A California 1, ou simplesmente Hwy 1, praticamente margeia toda costa do pacifico até São Francisco. Apesar de ter trechos com caracteristicas de freeway, ela é muito sinuosa, passa por inumeros condados e a velocidade média fica lá nas suas 50 mi/h. Nossa jornada durou 3 dias.

LA to Solvang

O primeiro dia contemplou o trecho entre Santa Monica até a pequena cidade de Solvang. É um pequeno trecho com um pouco mais de 120 milhas que divide-se entre áreas costeiras (que passam por Malibu) e pelo interior. Desdes os primeiros instantes a estrada não se mostrou nada efadonha, muito pelo contrário, o clima da região costeira da Califórnia tem o hábito de mudar constantemente passando de ensolarado, com intenso calor para nublado, com frio e névoa em questão de minutos. Outra coisa que muda muito é a paisagem natural, ora conservada parecendo espécie de savana (com ares bem desérticos) passando para numerosos campos cultivados e de forte intervenção do homem (o que acredito que sem ela, pouca coisa poderia-se cultivar ali naquele solo).

O caminho foi curto, mas o dia foi longo, pois EUA e brasileiros combinam com compras e o paraíso para isso são os outlets que tomam sem a gente perceber (e se deixar) praticamente o dia todo. Eles são genuinamente bem mais baratos que o varejo comum de lá e vergonhozamente infimos comparados ao nosso. Quarto dicas podem fazer você fazer ótimos negócios em um outlet:

1) Planejamento: saber qual outlet você irá antecipadamente pode permití-lo entrar no site <www.premiumoutlets.com> se cadastrar e imprimir copons promocionais que dão descontos adicionais aos já atrativos encontrados nas araras, mas atenção, algumas lojas dão descontos por períodos curtos, dai o melhor a fazer é solicitar os cupons momentos antes da viagem. Outro ponto é que algumas lojas não aceitam que os cupons acumulem com as liquidações vigentes na loja.

2) Seja curioso, ao entrar nas lojas pergunte ao primeiro funcionário que ver se há alguma promoção vigente. Não é raro você ouvir uma promoção que não está anunciada e que é um negócio da China, ex. 30% off adicional! Show!

3) Preparo físico: sem ele, sua exploração nesse templo do consumo pode ser abreviada pelo cansaço. Vestimentas apropriadas (não carregue roupas em demasiado), filtro solar (independe de inverno e verão, os outlets nos EUA e Europa costumam ser ao céu aberto) e por fim uma dica felomenal que vi uns conterraneos fazerem: Leve consigo uma mala média com rodinhas e vá colocando suas compras lá. Menos esforço pra carregar e mais energia pra procurar ofertas (ps. Não se preocupe em carregar a mala, você de certo encontrará outro brazuca com a mesma ferramenta e pode ter certeza que você encherá a mala).

4) Paciência: Lembre-se que as ofertas do outlet são praticamente infinitas para uma única pessoa, mas o seu dinheiro não. Faça uma sondagem inicial do que as lojas estão oferecendo para depois começar a comprar. Se estiverer com amigos ou familiares que não dividam a sua carteira tentem se juntar para aproveitar melhor as promoções, tipo: Compre uma calça e ganhe 50% na compra da segunda.

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Após a maratona de compras, voltamos pra a estrada e com destino à Solvang, essa pequena, mas muito visitada, cidade de colonização dinamarquesa. Com predominante arquitetura típica européia (com direito até à moinhos de vento no centro da cidade) o local explora muito bem a fama que tem, lembra em menores proporções a nossa Gramado, há eventos culturais, gastronomia e artesanato de qualidade.

Solvang, CA
Tudo é muito perto e a noite vale sair para andar devagar e ver todas as vitrines da Compenhagen e Mission St. escolha um restaurante de comida Danish e aproveite o momento, mas não saia muito tarde, pois alguns restaurantes fecham bem cedo para os nosso padrões (entre 20 e 23 horas).

Mission de Sta Ines
Pela manhã perca algum tempo indo na Mission de Sta Ines, uma das 21 missões instaladas pelos franciscanos no século 19 ao longo da California à mando do reino da espanha para ser difusor da fé católica e princípios da cultura hispanica na região antes chamada de Alta California. É uma das missões mais bem conservadas e é praticamente no centro da cidade.
Se estiver com tempo de explorar a região saiba que é no Sta. Ines Valley que se localiza o famoso rancho Neverland de Michael Jackson e ainda que a região é produtora de morangos, que São vendidos por uma pechincha na beira da estrada (tamanho e gosto nunca encontrados por essa pessoa que vos fala no Brasil).

Continua no proximo blog.