Ana pediu para que escrevesse um post para o seu blog, momentanemamente faltava inspiração, sobre o que escrever? Esteriótipos dos brasileiros ou estrangeiros; intolerância ou preconceito?
Não sou declaradamente uma pessoa que gosta de causar polêmica, mas adoro ver uma polêmica no ar e talvez seja extamente sobre isso que devo falar! Pois, precisamente sobre esse tema que o blog “Como reconhecer um brasileiro” acabou se tornando. Provavelmente não foi essa intenção, mas ai está a maravilha de todas as manifestações artísticas (no caso: o ato de escrever e publicar). Ao ganhar o mundo, o texto ganhou vida e seguiu seu caminho!
Fiquei sabendo primeiro que havia uma polêmica e depois que havia o blog. Soube ainda que o tema abordava esteriótipos do comportamento dos brasileiros que vão ou moram no exterior, como havia morado fora por um tempo também poderia me incomodar com com isso e subtamente a curiosidade aumentou.
Ao ver o depoimento do polonês contorcionista e seguido pelo texto, respeitosamente confesso que fiquei decepcionado. Não que o vídeo não fosse engraçado tanto pelo tipo de discurso feito, pelos trejeitos do entrevistado e pelo sotaque que me lembrou muito meu colega polonês Adam da época de Grange, mas porque o monstro não era tão grande quanto imaginava, de fato, não havia monstro algum…
Após ver pela primeira vez, apertei o replay e vi novamente, agora com um olhar mais clínico, buscando o MOTIVO de tanto rebuliço e encontrei algumas pistas que poderiam conduzir àquela revolta, uma das coisas que encontrei foi a criação de um esteriótipo bem humorado sob a ótica de uma pessoa. Tal relato nem ofensivo foi, pois é muito dessa forma que reconhecemos os brasileiros lá fora: Nike Shox é uma tara; óculos Rayban (me incluo nesse grupo); e as mulheres adoram bolsas da Louis Voiton, Dolce Gabanna, com aquele hiper logo, parecendo um outdoor ambulante.
Somos fúteis (veja que estou nesse balaio)! Uns para mais e outros para menos, mas de certo avaliamos e creditamos muito do caráter inícial das pessoas pelo que elas mostram ou vestem e não pelo interior dela. Por isso é importante mostrar tanto a marca dos objetos, quanto maior, melhor!
O jacarezinho da Lacoste na camisa de um jovem de 30 anos transmite que ele é bem sucedido, sério e confiável…. até o momento que descobrimos, na verdade, que a camisa é falsificada (os brazucas também tem uma quedinha por esse tipo de comércio “alternativo”). Quando isso acontece, o perfil dele torna-se o de uma pessoa que quer mostrar quem ele não é (melhor o que não tem), possivelmente de personalidade enganadora e, consequentemente, não confiável. Não vou discursar sobre essa seara, mas não é bem assim que as coisas deveriam ser.
Como dito anteriormente, vi que havia mais fumaça que fogo nessa história toda e a polêmica pode ter sido inflamada não pelo o que foi dito, mas sim por quem foi dito. Já ouviram aquela máxima:
Se eu falar que sou feio, ok, mas se você falar é ofensivo!
Poo… se eu sou feio e tanto eu quanto você concordamos com isso, não há motivo para confusão, não é?! Pudera ser assim…
Um brasileiro falar para o outro de forma irônica que eles são doidos por coisas de marca e adoram mostrar isso não tem nenhum problema, mas um polonês falar isso, aí não! É uma agressão à pátria, praticamente uma questão de segurança nacional e quem é esse polaco para falar dos brasileiros?! Até parece que o povo dele é perfeito.
Temos que passar a aceitar mais as observações irônicas a nosso respeito, principalmente quando forem verdade. Um exemplo perfeito desse pensamento é o episódio dos Simpsons sobre o Brasil, virou uma polêmica tão grande que até os tubarões de Brasília se meteram no meio. O episódio é muito bom e vale a pena conferir…
É importante saber que o bom dos exteriótipos é o exagero. É a mesma coisa que a caricatura, foca-se no erros ou nos detalhes que chamam atenção, apenas para se divertir…
Por isso volto ao título: Why so serious? Let put a smile on that face!