Tuesday 14 December 2010

Why Can We Be Friends?

Como definir uma amizade? Toda e qualquer definição tem sua particularidade e que serve para atender a percepção de cada um. Sempre lembro do falecido e saudoso Mário Lago comentando sobre suas mais longínquas amizades (não é literal, mas deve honrar as palavras dele)

- As vezes ficamos anos sem nos falar, sendo o silêncio rompido e a distância encurtada por um breve telefonema questionando se o amigo do outro lado da linha ainda está vivo.

Acho que todos temos vários tipos de amizades:

- Aquelas de infância que apesar dos corpos espicharem, das cabeças mudarem e da distância nos afastarem, continuamos firmes e fortes. Podendo ser elas o vínculo com o passado, sendo um elo com aquilo que de mais puro existiu em nossas vidas;

- Há as amizades de faculdade que ocorre em um momento de descoberta, de liberdade e de planos para salvar o mundo;

- Também há aquelas amizades que tem prazo de validade, pois durante um certo período de tempo ela é forte, importante e enganosa de achar que vai durar para sempre, mas que de repente, como se não quer nada, se esvai. Mas estas são de tal maneira substanciosas e preenchedoras que com certeza é genuína e deixa saudades;

- Tem as “amizades de tempos de guerra”, onde os vínculos se formam em circunstâncias de carência, dor ou emoção extrema e que é compartilhada por ambas as partes, acontecendo de forma muito rápida e criando laços fortes e perpétuos;

- A última que lembro são as “amizades arroz” que só existem quando acompanhada de outro amigo, mas tão valiosas quanto.

Particularmente, a classificação de amigo não importa em nada, pois para se chamar alguém desse título tão nobre e tê-lo como tal é um privilégio enorme, pois é uma espécie em extinção, raríssima e que quer muito o nosso bem!

Então como sugere o filme Simplismente Amor: por ser Natal e esta ser uma época onde as pessoas falam aquilo que tem vontade: My friends, Feliz Natal e um 2011 do tamanho de um Urso! I love you!

Para completar, o cartão em anexo, apertem o pray!

Sunday 7 November 2010

Caindo na Estrada - Day 03 - Bruges

Já disse que planejar uma viagem e uma ciência, ainda mais quando se fala de Europa, pois ao ver as pequenas distâncias entre as cidades como nao ficar tentado de ir a Toscana quando se esta em Roma, ou de ir a Salzburg quando se esta em Munich?

Pois e, eh a mesma sensação de quando se vai a Bruxellas: "Temos que ir em Bruges!", mas o excesso de possibilidades também vira maldição quando considera-se que o tempo da viagem é finito. Bruges, infelizmente, pagaria o preço para que Amsterdam e Luxemburgo tivessem sua vez. Seria assim se não fosse as surpresas (ou fadiga) que qualquer viagem pode proporcionar.

Após o segundo dia de Bruxellas, sendo praticamente todo ele a pé, a galera ja comecou a mostrar os primeiros sinais de cansaço, prova disso foi um pedido do meu Pai:

- Lô, poderiamos ver um pouco da cidade amanha de carro.

Por mim não haveria problema algum, mas Bruxellas, assim como qualquer outra capital mundial, peca pela dificuldade de estacionar (Amsterdam nem se fala) além do mais é uma 
cidade européia e que seria um pecado fazê-la envidraçada dentro de um carro.

Solução: como já haviamos visto grade parte da cidade, porquê não pegar a rodovia por uma hora e ir ate Bruges?! Combinação perfeita de interesses e o resultado de satisfação não poderia ter sido melhor.

Ouvi falar de Bruges por acaso, foi durante minha primeira viagem a Roma, em 2007, onde ao conhecer um casal de brasileiros e questioná-los sobre qual destino na Europa que me recomendariam visitar, ambos não pestanejaram em falar da Veneza Belga. Confesso que fiquei surpreso, esperava ouvi os tradicionais destinos: Paris, Amsterdam, Viena, etc. Daí pensei, se escolheram essa cidade era porque ela poderia oferecer algo diferente, guardei a informação no HD. Poucos dias depois estava ajeitando outro passeio quando o acaso (ou melhor, as promoções da Ryanair) colocou a Bélgica no meu caminho. O bolo era Bruxellas, mas a cereja, decididamente seria Bruges.

Uma das mais belas cidades do mundo!

É a melhor forma de começar a descrever essa pequena e simpática cidade localizada na região dos Flandres na Bélgica que parece ter parado no tempo. Declarado patrimônio histórico da humanidade pela Unesco em 2000, ela mantem um nível invejável de consarvação arquitetural (predominantemente pelo estilo gótico), um verdadeiro desbunde.

Imagem do mapa

Centro cultural e berço da escola dos Flandres de pintura (também conhecida com pintura Flamenca), destacando-se os pintores Jan Van Eyck e Hans Memling.

Perguntaram-me qual seria o roteiro a ser seguido na cidade, as 
atrações etc. Digo por onde começar e por onde terminar: a estação central.

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Do resto, perca-se pela cidade, permita-se descobri-la: 
admire sua arquitetura, sua quietude, navegue pelos seus canais, 
passeie de charrete, faça uma bela e demorada refeição em um de seus inúmeros restaurantes às margens dos canais (certifique-se que o almoço ou jantar seja regado com uma boa variedade de cervejas e deliciosos chocolates de sobremesa).

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Dentre tudo o que é possivel fazer na cidade, não esqueça de pegar a passagem gratúita pro passado medieval, mas não se preocupe pois a cidade tem o poder de resgatá-lo para o presente em cada esquina com seus Carrefours e H&M's, o que realmente e uma pena!

Dica importantíssima: ao ir para Brugges, procure levar uma companhia que você demontre interesse. A cidade é perfeita para casais! (essa dica já havia sido passada pelo casal de brasileiros em Roma).

Boa viagem e até o próximo!

Tuesday 2 November 2010

Heinekenizing

Uma idéia foi tudo o que precisei! Por mais louca (como dito pela minha mãe) e infundada que fosse, só fui ver o tão amalucada que era quando já era tarede para voltar atrás.
O vídeo que vocês estão prestes a ver foi fruto de uma idéia que ambicionava sair do lugar comum, mas ao mesmo tempo fazer parte dele, um dos poucos momentos que o livre arbítrio foi livre. A idéia foi além do que imaginava , um raro momento onde a realidade foi mais enriquecedora que a própria imaginação.
O objetivo inicial era ficar com o nada (ir para o lixo para ser mais direto), mas com um simples rearanjo, o rumo dessa história começou a mudar. A criatividade foi fluíndo, vamos pintar pra ver o que dá! Como na vida nada é preto e branco, ou melhor, verde e branco, e sim uma longa extensa escala de cinza, não haveria limites ou que se houvesse, que ao menos eles fossem além do trivial.
O projeto teve falhas, era para durar 24 horas, mas projetou-se para além de duas semanas. Fato esse, num primeiro momento, foi muito desmotivador, pois “onde fui amarrar minha égua?!”, entretanto, polianisticamente falando, o que vem de ruim pode também vir de bom. Uma relação de conquista, e apego aquele trabalho estava sendo criado, algo que apenas 24 horas de relação não bastariam para criar.
A conclusão desse trabalho merece uma comemoração, porque não uma festa temática?! Tudo a ver, minha loucura imaginaria uma obra sendo contruída em real time por várias pessoas, interagindo, modificando e se divertindo…
Preparem-se para a festa!
Welcome to Heinekenizing!
Ps.: Se eu tiver que mudar de Goiânia eu corto a parede e levo comigo!

Thursday 30 September 2010

Jovens

É de se esperar revolta, acompanhado de uma ânsia por mudança, eles sabem que é preciso mudar, pois é latente em suas peles que existe algo de muito errado, mesmo que não se saiba direito o que seja. Tem que mudar, mesmo que seja para piorar, um espírito livre, um tanto anarquista, muito rebelde. O tempo urge, o amanhã já é muito tarde, é para agora, é pra ontem!

Sem mais e sem menos o ruído começa a diminuir, a voz não chega a calar, mas já vem oca, sem vida, sem luta, sem alegria. O que aconteceu? Quando foi? Será que tem volta? A incerteza do resgate é certa, mas algo precisa ser feito, será que é chegada a hora do loop?

Jovens… voltem às armas, larguem a política, a diplomacia, desejem ver o circo (o qual chamamos de mundo) pegar fogo. Ao levante! Vocês não vieram aqui para vencer, se isso acontecer é apenas consequência, viemos aqui é prá lutar!

Sunday 5 September 2010

Hostess

Há poucos dias  descobri o blog da Fabi, que consegue  de forma muito mais competente do que eu em fazer um blog que seja totalmente destinado não somente para viagens, mas principalmente à lugares. Este espaço pretendia ser algo semelhante, mas a propriedade deste pequeno espaço esquecido entre as poeiras e teias dessa net, permite-me descrever sobre as mais diversas viagens que minha imaginação permite me levar e hei dizer que ultimamente é na direção da revolta social.

Dessa vez irei, quase, voltar às origens. Ao invés de falar da satisfação de sair de casa em viagem, falarei do imenso prazer que é receber em minha residência amigos e familiares que saem de suas cidades com destino à Goiânia carregando na mala as mesmas expectativas que eu tenho ao ir para qualquer destino do mundo. É um viajar às avessas!

Troco o ritual de tirar a mala, dobrar as roupas e separar o desodorante; pelo separar a roupa de cama, abastecer a geladeira, arrumar a casa (ou pelo menos tentar) e ser desafiado para fazer uma programação turística para uma cidade sem nenhum cacoete para esse potencial.

Em Goiânia o mais adequado é uma programação bem bucólica e ampliada para fora das divisas da capital. Segue ai um roteiro sugerido:

- Dia 01: Recepção de queijos e vinhos aqui em casa, abastecido com o que melhor o Empório Piquiras pode oferecer;

- Dia 02: Ida para Pirenópolis (GO), 120 km, de Goiânia, passando por Anápolis (carinhosamente: Anapis). Cidade patrimônio histórico bem clima de Arraial com boa qualidade gastronômica e lindas cachoeiras.

- Dia 03: Goiânia e suas feiras. A noite ir à algum bar ou restaurante.

- Dia 04: Pousada do Rio Quente. Embora exista um claro estranhismo nesse programa em vista do calor absurdo que está fazendo aqui, confesso que ainda é a melhor opção.

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Às vésperas de receber mais uma visita em Goiânia, digo que a expectativa é como se fosse desbavar novos mundos.

Abaixo uma homenagem à todos que estiveram no Canto da Sirigaita… hehehe…

Pai - Fevereiro 2009 

Pai – Fevereiro 2009

Pai e Mãe - Março 2009

Pai e Mãe – Março 2009

Tio André, Tia Penha, Pai e Mãe - Abril 2009

Tia Penha, Tio André, Pai e Mãe – Abril 2009

Mãe - Junho 2009

Mãe – Junho 2009

Flavinha - Junho 2009

Flavinha – Junho 2009

Jorgete (Fase 1) - Agosto 2009

Jorgete 1 – Agosto 2009

Pai - Agosto 2009

Pai – Agosto 2009

Jorgete e o Palma Men - Agosto 2009

Jorgete e Palma Man – Agosto 2009

Cão - Agosto 2009

Cão – Agosto 2009

Jabes e Ana Paula - Agosto 2009

Jabes e Ana Paula – Agosto 2009

Mãe - Agosto 2009

Mãe – Agosto 2009

Márcio & Mari - Agosto 2009

Márcio e Mari – Agosto 2009

Tio Plinio - Agosto 2009

Tio Plínio – Agosto 2009

Tia Helô e Tio Luiz - Agosto 2009

Tia Helô e Tio Luiz – Agosto 2009

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Quem mais… everybody is welcome…

Sunday 1 August 2010

Driblar o gandula nem lance bonito é.

Pessoal, ontem recebi o seguinte e-mail:

Criança Esperança: Você está pagando imposto da Rede Globo! Quando a Rede Globo diz que a campanha Criança Esperança não gera lucro é mentira.
Porque no mês de Abril do ano seguinte, ela (TV Globo) entrega o seu imposto de renda com o seguinte desconto: doação feita à UNICEF no valor de... aqui vem o valor arrecadado no Criança Esperança. Ou seja, a Rede Globo já desconta pelo menos 20 e tantos milhões do imposto de renda graças à ingenuidade dos doadores!

Agora se você vai colocar no seu imposto de renda que doou 7, 15, 30 ou  mais pro Criança Esperança, não pode, sabe por quê? Porque Criança Esperança é uma marca somente e não uma entidade beneficente. Já a doação feita com o seu dinheiro para o UNICEF é aceito. E não há crime nenhum.
Aí, você doou à Rede Globo um dinheiro que realmente foi entregue à UNICEF, porém, por que descontar na Receita Federal como doação da Rede Globo e não na sua?.
Do jeito que somos tungados pelos impostos, bem que tal prática contábil tributária poderia se chamar de agora em diante de Leão Esperança.
Lição:
Se a Rede Globo tem o poder de fazer chegar a mensagem dela a tantos milhões de televisores, também nós temos o poder de fazer chegar a nossa mensagem a milhões de computadores!
AGORA, A REDE GLOBO DIZ QUE O DINHEIRO VAI DIRETO PARA UMA CONTA DA UNICEF, MAS PORQUE ELA NÃO DÁ O NÚMERO DA CONTA???
LEMBRANDO SEMPRE: O QUE PESA MESMO SÃO OS IMPOSTOS SOBRE NOSSO CONSUMO, EXERÇAMOS ESTE PODER - DEVER, ENVIANDO ESTE TEXTO À LISTA DE AMIGOS E CONTATOS !!!

Não foi a primeira vez que recebi esse tipo de e-mail, acho que todo ano antes de começar o Criança Esperança a net é bombardeada com essa corrente.

Não consigo compreender qual é o objetivo desse protesto, consigo confabular alguns, mas concluir é muito difícil.

Nessas questões polêmicas e públicas é bom tratar cada assunto separado, o famoso “Comer o boi aos bifes”. Então vamos lá:

1) A Globo, o Unicef e o dinheiro: Entenderia a mobilização de revolta e do protesto caso a emissora após a campanha não depositasse o dinheiro para a Unicef, mas até onde saiba isso acontece. Quem achar que o programa não é confiável entre nesse link da Unicef e faça sua doação (daí respondemos a súplica do protestante em ter o número da conta da organização), mesmo assim se você declarar a sua doação ela não fará direrença alguma na sua restituição ou no desconto do pagamento do imposto a não ser que os seus R$ 15, 20 ou 30 reais se transformem em valores bem mais pomposos.

2) A bocada do Leão: Agora o ponto que eu mais queria. A revolta da pessoa é que a Globo se utiliza do Criança Esperança para dedusir o Imposto de Renda, malvada essa Globo né?! Ela é a primeira e única empresa a se utilizar de ações sociais para ter benefícios de redução de impostos junto às instituições governamentais. Mas ai pergunto se ele tivesse a seguinte situação: Este ano depositei na conta da Unicef a quantia de R$ 20.000.000,00; a LEGISLAÇÃO permite que esse valor entre na minha declaração de imposto de renda e eu consiga reduzir o montante a pagar do imposto, farei ou não farei?! Será que o SBT não faz/faria o mesmo com o Teleton?!

Assim como a Globo, qualquer pessoa pode fazer o mesmo. Reuna o grupo de amigos, amigos dos amigos e faça cada um doar R$ 30, 40 ou 50. Concentre os depósitos em sua conta pessoal e depois de 6 meses arrecadando vá e deposite o valor na Unicef, WWF, Greenpeace, ou mesmo o seu dízimo. Daí quando chegar a hora de prestar contas com o leão declare o valor e você provavelmente terá uma graninha para restituir. Com isso você passará a ser oportunista?!

Quero ser apresentado a uma única pessoa ou instituição que não se sente massacrado pelos impostos cobrados nesse país. O assunto é tão falado e batido que temos a impressão de que já é uma coisa universal à nossa vida, imagina não conseguir falar que o imposto é alto nas nossas conversas do dia a dia?! É a mesma coisa que tirar de nosso repertório o tema CONDIÇÕES DO TEMPO (- Nossa tá quente hoje, né?!; – Você viu o pé d’água que caiu ontem?!; – E Brasília continua seca no inverno?).

Acho que temos que voltar a discutir e a nos revoltar com coisas que realmente importam e nesse caso são os altos impostos. Se a Globo deixasse de ter dedução do IR por conta do Criança Esperança os nossos impostos não seriam baixados e sabemos disso. Da mesma forma que privatizando as estradas federais não reduziu nem reduzirá os impostos destinados para a conservação de estradas.

Esse ano temos uma oportunidade ideal de começar a mudar isso, as Eleições. A reforma tributária tem que acontecer. A redução de impostos não significa a redução da arrecadação, pode até ser ao contrário, como aconteceu no estado de São Paulo: o governo reduziu a alíquota sobre o etanol e com isso motivou inúmeras empresas a sairem da ilegalidade o que acarretou aumento da arrecadação.

3) O poder da mídia global: O que mais escuto de ruim da Globo é o “malígno” poder que ela exerce na população: alienadora, manipuladora, corruptora, etc. Em um ponto concordo, Ela, assim como todo o meio de comunicação em massa, tem o poder de influenciar as ações das pessoas, esse ponto é sempre visto de maneira muito pejorativa (e na maioria das vezes com razão), mas não para o Criança Esperança. Toda aquele bombardeio que ela faz com inúmeras inserções, shows e depoimentos motiva os telespectadores a doar e arrisco a dizer que nenhum deles se sente usado após o ato solidário. É uma das poucas vezes que a toda e poderosa mídia se utiliza de sua capilaridade e persuação para um bem comum.

Viva o Criança Esperança, viva o Teleton e todos aqueles que querem e ajudam!

Saturday 31 July 2010

Caindo na estrada – Day 01 – De Orly (Paris) para Bruxellas

Primeiramente, é importante salientar e alertar todos aqueles que forem passar alguns bons dias descobrindo o velho continente e que no roteiro conste mais de uma cidade e que uma desta seja Paris, tomem o cuidado de deixar a Cidade Luz por último. Simplismente que ela consegue transceder quaisquer expectativa quando comparada a grande maioria das cidades (pelo menos as que eu conheço). Para evitar que esse começo possa dar uma suposta e falsa impressão que o melhor da viagem está guardado para o final, digo a vocês que não! Absolutamente não! Em se tratando de Europa, costumo dizer que para escolher um bom destino, basta pegar o mapa do continente, fechar os olhos e deixar que o destino se encarregue de dizer onde terá maravilhosos e inesquecíveis momentos (confesso que não digo dessa forma tão romântica, mas o espírito é esse).

Pois bem, voltando ao princípio, está explicado o porque apesar de chegarmos em Paris (Orly), esta foi deixada por último no roteiro.

Acordando bem cedo, para aproveitar o dia, voltei em direção ao aeroporto para buscar o carro que desta vez seria bem maior que o solicitado no ano anterior. Estava na esperança, beirando um certo desespero, de conseguirmos um up grade como no último ano, isso basicamente por dois motivos:

1) Tínhamos duas mulheres conosco e que estavam loucas para ir em um out let, o que resulta em um aumento, no mínimo, de 30% no volume de bagagem;

2) O número e tamanho das malas originalmente trazidas não eram nada, mas nada, animadores.

Aparentemente meu santo é forte, pois foi isso exatamente o que aconteceu, recebemos um carrão daquele que cabe até 07 pessoas. Mas… como diria o já conhecido ditado: “Não existe almoço grátis”; os dois bancos adicionais embora fossem destacáveis não puderam ser deixados na locadora, o que nos fez obrigados a levá-los. POr conta desse impecílio, a cada cidade que parávamos, a atividade de colocar as malas era uma ato de destreza. Isso sempre nos surpreendia, pois sempre havia espaço para mais uma sacola, bolsa ou até mesmo mala.

Detalhe no fundo do carro e a roda arriada!

Fato interessante da viagem é que na Alemanha a locadora dá preferência aos carros das montadoras alemãs: Audi e Volks, já na França às montadoras francesas: Renault e Pegeout (então no Brasil deveríamos ter Gurgel? hehehe). Nesse comparativo os alemães levam vantagem pois seus carros já vem com GPS de série, enquanto na França tive que desembolsar 66 euros por 9 dias do equipamento.

Já que estou devagando, que maravilha de invenção esse tal de Global Position System, tão incrível que o coloco no mesmo patamar que o ar condicionado e a geladeira. Além do motivo óbvio e principal da função do gadget, outra razão dessa admiração se resume em uma singela frase de Catarina (nome por tráz da voz lusitana de nosso Tom-Tom): “- Você deseja evitar pedágios?” . Isso soa como música para os ouvidos dos mais econômicos, pois evita as cobranças exorbitantes que chegam até 30 euros, mas não é só isso, o barato é que somos colocados em rotas alternativas, utilizando principalmente estradas locais com pistas simples, baixa velocidade, sem acostamentos e sem aqueles muros de concreto e vidro que, geralmente, costumam margear as autoestradas impossibilitando-nos de ver a paisagem , vilarejos e cidades (o que é exatamente uma das razões de se fazer o trajeto entre os destinos de carro). De qualquer forma, não despresem as autopistas, elas são rápidas, eficientes, seguras e um primor da engenharia humana.

Holanda, suas estradinhas e vilarejos fora das autopistas.

…………………….

Apesar de bem próximas, comparadas às distâncias existentes em território brasileiro, as paisagens existente entre Paris e Bruxellas (cerca de 318 km) são bem características: a francesa predomantemente preenchida de campos e plantações, enquanto a belga por uma constante e belíssima cortina verde.


Exibir mapa ampliado]

O clima em toda viagem foi bem favorável já refletindo a proximidade do verão europeu, com temperarturas amenas e dias longos (escurecendo plenamente às 23 horas!).

Chegamos em Bruxelas por volta das 16 horas e com muito dia pela frente. Felizmente a localização do nosso hotel era maravilhosa! Ficava bem próximo da Grand Place (a grande praça de Bruxelas), principal ponto turístico da cidade e com todos os méritos.

O sentimento encontrado na Grand Place é equivalente aquele que encontramos em Bruxelas, como na própria Bélgica: surpresa e encantamento. Como um lugar tão mágico pode ter uma atenção secundária nas rotas turísticas? Talvez, por não esperarmos encontrar uma Roma ou Berlim é que nos surpreendemos descobrindo “simplismente e unicamente” Bruxelas.

Grand Place - Bruxelas

Sou fã de carteirinha da Grand Place. Pela história milenar, pela composição mosaiquica de sua arquitetura, pela pluralidade de seu público e até pelo paralelepípedo da praça. É claro que encontramos muito mais na cidade: a política (sede da comunidade européia), o real (uma das monarquias mais respeitadas do velho continente); o sabor (do chocolate); o moderno; o utópico (Atomium e a Feira Mundial de 1957); o Pop (uma das principais capitais de cartoons do mundo); e é claro, o festivo (beer).

Mas… no final do dia ou das contas, tudo passa, termina e se encontra na Grand Place.

By night

Até o próximo… ;)

Monday 12 July 2010

O caso do arqueiro daquele time.

Assim como uma catastrofe natural, um escândalo de corrupção e um desastre ambiental, todo ano há um caso de homicídio que a imprensa o coloca no pedestal da incredulidade e trata de expor ao máximo possível (torcendo de tal forma que quer ver até a última gota sair desse pano molhado).

Pelo que minha falha memória consegue lembrar cito o caso Suzane Von Richtofen (2002) e Isabela Nardoni (2008) que tiveram repercussão semelhante à esse caso do goleiro Bruno.

A polêmica cai na boca da imprensa e na boca do povo, todo mundo quer dar seu parecer dos “por ques” disso ter acontecido. E pelo que parece, ao escrever esse blog eu faço o mesmo. Definimos claramente o mocinho e o bandido, o bem e o mal, o certo e errado; o passado da pessoa é revirado buscando indícios de alguma pista que mostrasse que ela estava predestinada à fazer aquilo. Nesse caso, por exemplo, acabei de ver uma reportagem que falava que o goleiro já havia jogado em um time de penitenciária, como se isso fosse algum indício.

Outra matéria que me chamou atenção e foi até pauta de uma conversa com meu pai, foi uma dessas “mesas redondas” onde um “especialista” dizia que a origem pobre do goleiro rodeado de criminalidade (especialmente o tráfico de drogas) acabava sendo um forte chamariz para o aliciamento de jovens com a promessa de dinheiro fácil e de respeito (supostamente não conseguidos na sociedade onde eles estão inseridos). [Não que o Bruno tenha ido para esse caminho (pelo menos até esse acontecimento), mas por ter um ciclo de amizades com essas características.]

Sabemos por alto que a criminalidade possui seu próprio código moral, bem como suas próprias formas de punição para aqueles que vão contra seus objetivos ou anseios (reconhecidamente essas práticas são percebidas no relato do menor ao contar como a moça foi assassinada).

O tom da reportagem indicava que aqueles que entravam para o crime e tinham origem pobre, eram vítimas da sociedade que não dava condições para que eles se sustentassem. Como se manter na linha com um salário de R$ 510,00 enquanto a criminalidade pode te oferecer R$ 4, 5 ou 6 mil por mês?! Muito tentador, não é?!

Para ser curto e grosso: se eles são vitimas, todos nós somos. Pois como escutamos desde criancinha: o caminho errado é o mais fácil e o certo é o mais difícil. Independente de classe social, raça, altura, quantidade de braços ou pernas, para todos nós, as oportunidades de tirar vantagem ou ter aquilo que não nos pertence estão ao nosso alcance diariamente, a escolha de pegá-las ou não é sempre nossa. Basta olhar para Brasília, longe de ser uma favela nos dá exemplos diários do que quero dizer.

Longe de ser um problema de dinheiro ou classe. O problema é de educação (familiar e escolar): pais separados, agressão familiar, criação dos filhos relegado à escola, à rua ou à qualquer outra pessoa ou agente social que não sejam os pais; Quanto à educação escolar, essa é de baixa qualidade, onde os professores são mal pagos, desvalorizados e reféns, os alunos são relegados, marginalizados e por ai vai. Estamos vivendo a era dos índices: precisamos diminuir o índice de repetência (assim ficamos bonito na foto, mesmo que o aluno chegue no 4o ano sem saber ler), precisamos aumentar o indicie de pobres nas universidades públicas (assim ficamos bonito na foto, mesmo que para isso rasguemos a constituição, criemos um forte apelo preconceituoso entre os estudantes e baixemos o nível na qualidade do ensino das universidades). Na verdade não estamos na era dos índices, mas sim na era dos engodos.

Me engana que eu gosto.

É tu governo!

O Fome Zero vai completar 8 anos e ao invés de reduzir a quandidade de famintos o programa só tem aumentado. Isso quer dizer que tem mais gente passando fome? Estamos regredindo? Por que eu nunca ouvi falar no Brasil em controle de natalidade?

Mantenha o povo aliendado (sem educação), dê pão (Fome Zero) e Circo (Copa 2014 e Olimpiadas 2016), o resultado é mais de 80% de aprovação e vitória na eleição.

………….

Voltando ao caso Bruno… ele é um bárbaro e ela não era flor que se cheirasse. Por que não ficaram juntos?!

Monday 28 June 2010

Caindo na estrada: Fechando a mala!

Os mais céticos dizem que viajar é uma ciência, os mais entusiastas (eu entre eles) já dizem que é uma paixão, mas todos hão de concordar que viagem boa é aquela que alguma coisa sai do errado, ou pelo menos algo sai do script. Nessa que estou prestes a relatar, eu e a tchurma que me acompanhou, fomos afortunados em ter em nossas bagagens mais de meia dúzia desses momentos. Algumas dignas de recordação para anos e mais anos. Acredito que se alguns deles não fossem tão significativos, fatalmente teria um evento para cada um dos 14 dias de viagem.

Indubitavelmente o primeiro dia já reservara o primeiro acontecimento pertinente de relato, não que ele tenha sido acidental, muito pelo contrário, fora 100% intencional. O primeiro desafio de um organizador de viagem é conciliar orçamento, data e local; e digo que esse foi um problema para a viagem do ano passado, dessa vez, como dizem as más linguas, eu já estava “macaco velho”, bastando apenas a ter cara de pau e uma certa sincronia teatral para que tudo funcionasse sem problemas.

Era um problema matemático: 03 pessoas (eu, meu pai e minha mãe) encontrando diversas dificuldades para achar hotel com quarto triplo, já que pagar dois quartos estava fora de cogitação, solução?! Mole… meu colchão inflável na mala e entrada discreta (pelo menos era para ser assim, mas na grande maioria das vezes não foi) e pronto! 3 pessoas cabendo em quarto para 2. Econômico, saudável (pois passava 15 min diários bombeando alguns cm3 de ar para dentro do colchão) e acabava com as saudades que estava da família.

………………..

Antes de prosseguir nos relatos é importante fazer uma breve introdução da viagem. Como dito, foram 14 dias, e além dos 3 integrantes já mencionados, também participaram dessa empopéia pelo velho continente Tio Carlinho Bassini e Tia Vera (esta última que estava debutando em viagens internacionais).

Da esquerda pra direita: Tia Vera, Mãe, Eu, Pai e Tio Carlinho. Local: Bruxelas.

Rodamos 10 destinos em 05 países (Espanha [Madrid], Bélgica [Bruxellas e Bruges], Holanda [Amsterdam e Kinderdijk], Luxemburgo [Luxemburgo] e França [Reims, Paris, Eurodisney e Versailles]. Foram quase 2.000 km rodados pelos campos franceses, pelas florestas belgas e pelas impressionantes rodovias holandesas.

Locais Visitados

Para não ficar muito grande vou fatiar o relato, prometo, que nos próximos blogs conto como foi cada local,  as peripécias ocorridas por lá e o que cada uma tem de melhor, pelo menos pela minha ótica! Até mais… e boa viagem!

Sunday 2 May 2010

No silêncio da noite, sob a luz do luar…

No silêncio da noite, sob a luz do luar estava lá.

Sem nada a esperar, mas de certo com algo a temer.

O silêncio que pairava era desconfortável, até então só havia breu e escuridão.

 

Tic tac… tic tac… dois passos pra cá, um casal para lá.

Olhar desconfiado.

Lugar estranho, gritos de punks e beberrões abusados.

Mas tinha que ser aqui, logo aqui?! Desconforto.

 

Tic tac.. tic tac… mais dois passos para cá, e agora uma família logo lá.

Pera lá, a carruagem se transformou em abóbora. Mas já?

Onde está a ameaça, o temor a solidão?! Não há…

Não há mais breu e muito menos escuridão. O luar se esgueira por nuvens inexistentes, e predomina.

Que sensação gostosa. Não dá vontade de sair e sim de ficar.

Alí não somos refens, liberdade paira no ar, no luar.

Estamos em segurança, estamos em Goiânia estamos no Brasil.

 

Saturday 24 April 2010

Eu amo minha máquina de lavar – Ciclo 3 1/2 – Reaproveitando a água (literalmente)

Caríssimos leitores, muito cuidado com as informações que vocês recebem pelos meios de comunicação. Inegável que uma instituição que preza pela credibilidade possua critérios rigorosos para seleção de seu corpo intelectual mas, por favor, não tomem todos seus comentários e editoriais como dignos de tal credibilidade.

Exemplo maior há algumas semanas, sou heavy-user da CBN Goiania (FM 97,1) e volta e sempre ouço alguns comentários que consideraria como imprudentes. Digo esse adjetivo pois, aparentemente, os jornalistas/comentaristas da rádio escolhem um tema e uma linha de abordagem e sem nenhum cuidado explanam sobre tal assunto com tamanha confiança que nem se preocupam com algumas armadilhas básicas que qualquer tipo de assunto apresenta.

Como me acho leigo em política e em economia, fico quieto sobre um achismo ou outro que possa a ter com relação aos comentários que ouço, mas não sobre desenvolvimento sustentável. Para esse não! Nesse universo tenho um mínimo conteúdo para ser mais crítico sobre o que ouço a respeito.

Em sintese, sem compromisso com a exatidão das palavras do que ouvi, eis o cerne do comentário:

Na onda do desenvolvimento sustentável a busca de economia e redução de resíduos está resgatando o uso do Bidê. Nos Estados Unidos uma pesquisa indicou números significativos do impacto que a produção de papel higiênico causa no meio ambiente. Anualmente compromete 15 milhões de árvores e XX Gigawatz de energia e XX milhões de litros de água.

Por conta disso o antigo e famoso Bidê está sendo resgatado e com estilo. Formas e cores diferentes se tornam um novo atrativo para decoração e preservação do meio ambiente.

Um golpe no fígado! Uma notícia/comentário/editorial (como acharem melhor) sem compromisso nenhum com o senso crítico nem com a informação que é passada para o ouvinte.

Posso estar errado, mas duvido muito que o retorno do Bidê a todos os lares seja a resposta para a diminuição do impacto ambiental que o ato de lavar a bunda causa ao planeta.

Nesses momentos gosto de apelar para a matemática reflexiva de primeiro grau:

Total de H2O gasta no uso do Bidê (x) < Árvores gastas para a produção do papel higiênico (y)?

Para os mais entendidos vou para a equação reflexiva de segundo grau que levaria em consideração ainda a quantidade de cerâmica necessária para atender essa nova demanda, além, e é claro, do espaço adicional para a instalação do novo objeto nos banheiros (tijolo, reboco, massa corrida, azulejo, etc). No seu banheiro caberia um bidê? No meu não!

Aposto que o comentarista da CBN nem pensou nisso, não é?!

Outro ponto despresado nesse comentário é o item ÁGUA. Independente se o bidê causa menos impacto que as toneladas de papel, sem dúvida ele gasta muito mais água; e qualquer gasto adicional de H20 é com certeza um luxo que não podemos ter. Água potável ou água doce é escassa e a cada dia mais e mais pessoas estão desprovida desse elemento tão vital (estatísticas da ONU são assombrosas que me recuso a postar aqui).

Uma alternativa seria usar água reaproveitada da chuva. Mas seria tão limpa quanto a do sistema de abastecimento? Talvez não… mas considerando o que estaríamos limpando…

Outra alternativa seria a água do mar, essa sim em abundância (heheeh), mas o sal resseca a pele e consequentemente fazer o número 2 acabaria deixando de ser um dos momentos mais prazerosos do dia.

Caríssimos, perdão, mas não consegui fugir da ironia e do deboche. Parece que insistimos em buscar nos objetos a resposta ou os subterfúgios para nossos problemas. Temos que ver que todo e qualquer tipo de problema perpassa pelos nossos hábitos. Se realmente queremos causar menos impacto, pequenas coisas já ajudam:

- Que tal aproveitar mais o papel higiênico? Todo mundo sabe como e não preciso dizer isso aqui. A preguiça é amissíssima do desperdício.

- Muitas vezes temos o hábito de fazer nossas necessidades antes de tomar banho. Porque não deixar para nos limpar no banho ao invés de usar o papel higiênico e depois entrar no box e limpar tudo lá novamente?! Porque não fazer o xixi na hora do banho ao invés de fazê-lo na privada e dar descarga?! Gastos desnecessários…

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Ahhh Bidê?! Para que foram te resgatar? Você estava lá imaculado no altar das boas lembraças da década de 80. Na minha inocência de menino de 5 anos… achei que você era, na verdade, um bebedouro bacana!!!!

Enquanto não rescussitam em definitivo o Bidê… o pessoal da cidade continua usando o Chuveirinho e algumas pessoas da roça… a folha de bananeira.

até o próximo…

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Enquanto escrevia esse blog…

1) Descobri um blog sobre o mesmo tema: Marcelo Leite pela Folha Online

2) Me lembrei de o quanto gosto de falar sobre temas escatológicos.

3) Ouvia:

Saturday 13 March 2010

Bom dia Sr, tudo bem?!

Arrependimento, esse deve ser o pensamento do recepcionista do hotel, o qual acabo de fazer check out em Brasília, momentos após ele realizar essa rotineira pergunta.

Particularmente, sou uma pessoa que evita os constrangimentos, tanto o meu, quanto das pessoas a minha volta. Acredito que há outros meios de você dar o recado para uma pessoa ou instituição sem deixar que o seu interlocutor fique com vontade de achar e colocar a cabeça dentro de um buraco. Entretanto, nesse caso, por conta da péssima estadia que tive, fui obrigado a abrir uma exceção e digo que não foi ruim, mas sim muito engraçado.

Voltando a recepção do hotel, ao ouvir a inesperada resposta, a de que eu não estava nada bem, o recepcionista se encheu de auto confiança e disse algo melhor:

– Então o que podemos fazer para deixar o seu dia melhor?

Pena a minha hospedagem ter sido ruim e não trágica, pois adoraria dizer que essa pergunta teria sido cômica se não fosse trágica. No final, foi somente mesmo uma pergunta cômica e a reação do funcionário tava para transformar a situação em algo muito mais prazeroso.

Meu caro, tenho minhas duvidas que vocês possam fazer algo para melhorar o meu bem estar, porque nunca tive hospedado em um lugar tão ruim e pagando tão caro para isso.

Primeiramente, ao chegar no quarto a chave não abria, tive que descer na recepção 04 vezes para tentar consertar a chave, mas todas as tentativas foram em vão e tive que apelar para as camareiras.

Segundo, ao entrar no quarto me encaminho para a varanda para tomar um ar fresco e quando vejo não há parapeito na varanda nem a porta da mesma se abre.

Terceiro, água gelada no chuveiro. Sem comentários.

Quarto, televisão com um chiado incomodo, parecendo aquelas tv’s que temos que mexer na sintonia para conseguir ver um vulto.

Quinto, como se não bastece, 8 horas da manha começa uma bateção de marreta na parede do quarto e quando abro a cortina para o sol entrar do de cara com um andaime e dois caras praticamente dividindo o apartamento comigo.

Bem, acho que com isso, fica muito difícil vocês conseguirem melhorar meu humor.”

Ao ser bombardeado e, pela aparência de seu rosto, evidentemente nocauteado, o recepcionista parou alguns instantes, balbuciou uma frase que era parecida como:

- E o hotel esta em reform…

E como se nada tivesse acontecido, aprumou a postura, tirou meia ruga do rosto e perguntou:

- Quer que a nota seja emitida no seu nome mesmo?”.

Hilário! Horrível!

No fim, conta paga R$ 250 reais, nenhum pedido de desculpas dado, nenhum outro quarto oferecido e muito dificilmente voltarei para o Hotel Manhattan em Brasília, que estando ou não reforma ainda recebe hospedes (e não consumidores) e cobra caro para isso.

Sunday 28 February 2010

Who has time?!

Tempo. Ultimamente, esse tem sido o meu maior desafio profissional, na verdade, a falta dele; e é exatamente isso que tem me afligido diariamente.

Fui atingido de forma nocalteadora com essa sindrome do mundo moderno, onde a minha agenda parece mais um caderno infantil com tantos rabiscos de compromissos remarcados, cancelados e inesistentes que torna essa ferramenta imprescindível no meu dia a dia uma forma quase incontestável da minha ineficiência em gerir meu tempo.

Nessa jornada em busca de eficiência , a palavra PRODUTIVIDADE ganha peso. Viagem de avião, fila de banco, espera em consultório médico, translado no elevador, após a eucaristia, etc… Absolutamente tudo e qualquer lugar que gere uma pequena possibilidade de ociosidade (mesmo que não ocorra) vira uma agonia psicológica que requer uma resposta física para se combater esse “mal”. Isso, eu chamaria (mesmo correndo o sério risco de parafrasear algum autor – se isso acontecer, me desculpe) de Sindrome do Blackberry. Esse inocente e bonitinho aparelhinho é a materialização da frase: “A qualquer momento e lugar”.

Não só o Blackberry, como todo e qualquer gadget eletrônico vem à nós prometendo um reino de benefícios e principalmente mais tempo para a família, para nós e para a vida longe do trabalho (lembram daquelas fotos lindas e felizes ao ar livre com os cachorros e família parecendo propaganda de margarina?).

Fonte: <http://br.blackberry.com/>

Mas não é exatamente essa cartilha que segimos.

Parece que quanto mais ferramentas capazes de economizar tempo possuímos, menos tempo livre acabamos tendo. Isso porque, confundimos muito eficiência e produtividade, então para esclarecer vamos ao dicionário:

Eficiência: “(…) 2. Capacidade para produzir realmente um efeito. (…)”

Produtividade é a qualidade do Produtivo: “(…) 1. Que produz; fértil; abundante. (…)”.

Em suma, o primeiro significado é qualitativo enquanto o segundo é quantitativo.

Exemplificando: para executarmos uma série de tarefas obrigatórias ao longo do dia temos que fazer hora extras. Com a chegada de um novo equipamento ou a adoção de um novo procedimento podemos finalmente aumentar a nossa eficiência e concluír as tarefas dentro do prazo. Entretanto acreditamos que só seremos mais eficientes sendo também mais produtivos. Com isso, não só fazemos melhor como acabamos fazemos mais, por fim, continuamos fazendo hora extra, mas só que executando mais coisas.

Eu sou assim e aposto que você também!!!!! Assim não dá, assim não pode. Consequências (além da minha vida não ser um comercial de margarina) e táticas de combate à esse mal, quem sabe, num próximo blog?!

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Enquanto escrevia nesse blog:

1) Descobri um dicionário eletrônico muito bom! <http://www.priberam.pt/dlpo/>

2) Descobri o Google Livros: <http://books.google.com.br/books> que possui livros na íntegra para downloads.

3) Que o estado de Indiana (EUA) não fica tão perto de Nova York (EUA)

4) Ouvia blues: B.B. King, Eric Clapton & B.B. King e Black Strobe.