Thursday 28 March 2013

A ressaca da nova lei seca

No último blog eu disse o quão louvável foi o advento da Nova Lei Seca, ela já manifesta uma mudança comportamental nos brasileiros não só de ordem cultural, mas também está provocando mudanças econômicas.

Sob o aspecto cultural faço uma associação ao hábito de colocar o cinto de segurança, ação que se tornou comum devido à extensa campanha realizada no inicio da década de 1990 e que hoje, felizmente, esta no cotidiano da grande parte dos motoristas.

Quanto ao aspecto econômico cito que ao deixar o carro em casa a economia em alguns aspectos é incentivada: taxi seria o mais obvio, mas também é percebido um movimento de setorização de bares e restaurantes. Pequenos centros gastronômicos têm se formado nos bairros em detrimento de grandes concentrações antes observadas. Exemplo é a região do Triângulo das Bermudas em Vitória (ES) - tradicional zona gastronômica da cidade - que passa por um processo de deterioração do número de estabelecimentos nunca antes visto. Lei seca, aluguéis elevados e crescimento da cidade para outros bairros seriam as três principais justificativas para o caso.

Entretanto, tenho observações (para não dizer criticas) quanto à ação do governo referente aos ecos criados pela Nova Lei Seca. Sendo mais específico, ao deixar o carro em casa, o cidadão opta pelo táxi e falando por experiência própria, já peguei taxistas que dirigiam em condições suspeitas: fadiga, sono, incapacidade e falta de zelo pelo passageiro são pontos que cito para refletir sobre a heterogeneidade comportamental dessa classe. Quem nunca entrou em um táxi cujo o condutor não apresentasse tais características?!

Engraçado que o profissional que vive no transito é aquele que mais desrespeita as leis criadas para protegê-los.

Gosto muito da idéia do vinculo do taxista à cooperativas, de longe são os que mais apresentam um melhor padrão de atendimento, conservação do automóvel e respeito aos conceitos de uma direção segura. Outro ponto favorável é que embaixo do guarda chuva de cooperativas a fiscalização torna-se mais fácil do que aquela que atua 'um a um' no profissional autonomo.

Outro ponto importante a ressaltar é que a regulamentação da atuação desse profissional deve ser cunhada em nível federal, deixando aos estados e municípios o trabalho de fiscalização, dessa forma dificultaria ações suspeitas ou paternalistas por parte do poder público local tão comumente visto no nosso país.

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